Eduarda Rafaela Costa
Advogada

Revisar não é algo que devemos fazer só porque todo mundo fala que é importante. Revisar é, na verdade, o que vai consolidar o conhecimento dentro de você. É o que transforma leitura em aprendizado de verdade. Organizar revisões pode parecer confuso, e vou além: é uma das decisões mais difíceis para quem estuda. Quanto revisar? Quando revisar? Como não deixar acumular? O que fazer com a matéria que já acumulou?
A primeira coisa que quero te dizer é: não existe fórmula mágica. O que existe é constância. E constância nasce de pequenos hábitos que cabem na sua rotina.
Uma boa forma de começar é pensar nos chamados ciclos de revisão. Ao invés de revisar uma matéria isolada por dias seguidos, você cria um roteiro onde cada disciplina aparece de forma rotativa. Isso faz com que o cérebro volte ao conteúdo em intervalos estratégicos, reforçando a memória e evitando aquela sensação de que já esqueceu de tudo.
Você pode, por exemplo, usar a lógica do 1-7-30: estuda hoje, revisa amanhã (1 dia); retoma o assunto estudado em uma semana (7 dias); ou reforça o conteúdo estudado no mês seguinte (30 dias).
Esse é só um modelo, e confesso que, em razão do volume de conteúdos que eu estudava, eu não me adaptei. Você pode adaptar para a sua realidade, encurtar ou alongar intervalos, desde que não abra mão da revisão. As minhas eram em razão da minha dificuldade na matéria: em um espaço de tempo mais curto se eu tinha mais dificuldade, e mais espaçadamente as matérias que eu dominava mais.
Outra dica é agendar suas revisões como um compromisso real. Se está no calendário, está na sua vida. E não precisa ser algo gigantesco: 30 minutos de revisão bem feita valem mais que horas dispersas. Eu gosto de fazer as minhas revisões no meu primeiro horário de estudo do dia, começo revisando o que já estudei anteriormente na matéria do dia, e neste momento meu caderno de erros é uma das ferramentas utilizadas.
Jamais ache que revisar é perder tempo. Revisar é o que vai te fazer ganhar tempo lá na frente, porque você vai fixar de verdade e evitar o reestudo do zero.
No fim, os ciclos de revisão são como regar uma planta: você não joga toda a água de uma vez, você cuida um pouquinho a cada dia. E, com esse cuidado constante, o conhecimento floresce e nos transforma.
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