Laryssa Leite
Advogada e concurseira

O mito das horas estudadas
Muitos estudantes ainda acreditam que acumular longas horas de estudo é sinônimo de aprendizado. É como se a preparação fosse uma corrida de resistência, em que vence quem passa mais tempo diante dos materiais. Mas essa ideia é uma armadilha: o tempo de estudo não mede, por si só, o nível de conhecimento. O que realmente importa não é a duração, mas a forma como esse tempo é aproveitado.
Confundir quantidade com qualidade pode gerar frustração. Estudar exausto, sem método e cheio de distrações dificilmente resulta em progresso. Já uma hora de estudo focado, com aplicação de técnicas de estudo como revisões programadas, resumos ativos e resolução de questões, costuma ser muito mais produtiva do que várias horas de leitura automática. É aqui que a qualidade do estudo faz toda a diferença.
O tempo como aliado dos estudos com qualidade.
Isso não significa que medir o tempo seja inútil. Controlar as horas pode ser um recurso valioso para manter a organização dos estudos, criar disciplina e acompanhar a rotina. O problema surge quando o relógio se torna o único parâmetro de avaliação, sem levar em conta se aquele período foi realmente eficiente. O segredo está no equilíbrio: usar o tempo como ferramenta de apoio, e não como ditador.
Comparação nas redes sociais
Com as redes sociais, a pressão pela quantidade aumentou. É comum ver postagens de “8 horas líquidas de estudo” ou cronogramas intermináveis sendo exibidos como sinal de produtividade. Essa comparação, porém, pode ser enganosa. Cada pessoa tem seu próprio ritmo, condições e métodos. A comparação cega só alimenta ansiedade e sensação de insuficiência além de ignorar que nem tudo que aparece online reflete a realidade.
Pausas estratégicas e aprendizado eficiente
Outro fator essencial para o aprendizado eficiente é o descanso. Muitos acreditam que pausar significa perder tempo, mas são justamente as pausas estratégicas que permitem ao cérebro consolidar informações e criar conexões. Inserir pequenos intervalos torna o estudo menos cansativo e muito mais produtivo, garantindo que o tempo registrado seja realmente investido.
Conclusão
Estudar não é apenas marcar horas em uma planilha. A chave está em transformar esforço em aprendizado sólido, unindo tempo de estudo, disciplina e qualidade do estudo. Redes sociais podem exibir números impressionantes, mas a régua verdadeira está no quanto cada estudante evolui de fato. No fim das contas, estudar é mais do que ocupar espaço na agenda: é encontrar o equilíbrio certo entre horas, técnica e propósito.
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