Eduarda Rafaela Costa
Advogada

Se tem algo que o tempo me ensinou nos estudos para concurso é que não adianta decorar teoria de forma solta. O que realmente faz diferença é treinar o olhar para o que a banca vai cobrar nas questões e, para isto, existem dois métodos poderosos: o estudo reverso e o caderno de erros.
O estudo reverso nada mais é do que começar pelas questões. Em vez de mergulhar direto no livro ou no pdf, você resolve primeiro um bloco de questões e só depois vai atrás da teoria necessária para entender os pontos que errou ou que teve dúvida. Isso economiza tempo, mostra o que realmente importa e ainda treina sua mente no formato que você vai encontrar na prova, pois vai treinando o olhar para enxergar a disciplina do jeito que a banca enxerga. Ontem mesmo indiquei este método de estudo reverso a um amigo que me confessou estar se sentindo muito cansado só com a leitura massiva dos pdfs.
Já o caderno de erros é o seu mapa pessoal, lugar para você registrar cada vez que você falha em uma questão: seja o tema, o erro, o fundamento legal ou jurisprudencial que resolve a dúvida. Esses registros constroem o seu material de revisões futuras. Em vez de perder horas reestudando tudo, você volta exatamente nos pontos que já errou um dia.
O melhor desses dois métodos é que eles se complementam. O estudo reverso mostra onde você realmente precisa aprofundar. O caderno de erros garante que você não caia duas vezes no mesmo buraco. Um te ajuda a enxergar, o outro a consolidar.
No fim, estudar para concurso não é sobre acumular informação, mas sobre aprender com seus próprios tropeços, entendendo que cada questão errada é uma oportunidade de se aproximar da aprovação. Então, se você ainda não pratica o estudo reverso e não mantém um caderno de erros, talvez esteja deixando passar duas das ferramentas mais poderosas para acelerar sua caminhada até o seu alvo: a aprovação.
|++ Leia mais: Como agendar os ciclos de revisão